O assunto de hoje é um tanto ou quanto polémico, trabalhe por dinheiro, nunca por amor e o tal de salário emocional. Anteriormente falei sobre Como explicar que não existem almoços grátis mas hoje vamos mais direto ao ponto.
Decidi fazer este artigo pois vi vários posts no LinkedIn sobre isso, sendo um deles do Bruno Lacerda sobre o tema.
O que é esse tal de Salário Emocional?
Falamos de salário emocional quando nos referirmos às vantagens que as empresas oferecem aos funcionários para “melhorar” os seus níveis de satisfação no trabalho sem que isso signifique realmente um aumento salarial.
Com isto as empresas esperam reduzir a rotatividade dos funcionários, bem como tentar aumentar a sua eficiência.
O que nos leva a um novo conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB) da empresa que, basicamente, avalia o índice de bem-estar dos funcionários.
Esse conceito, defende afincadamente a ideia de salário emocional como um complemento ao salário que é oferecido pela empresa.
Minha Opinião sobre Salário Emocional
Para mim, chega a ser ridículo o discurso de muitas empresas sobre o tema para justificar os baixos salários que proporcionam em troca do tal “bem estar emocional”.
É claro que tem que ter um ambiente agradável e, no mínimo, adequado pra se trabalhar, mas tem que, obrigatoriamente, vir com uma remuneração de acordo com a função e justa.
Uma coisa básica que deveria ser ensinado nas escolas, e que muitas pessoas esquecem é sobre qual é o fundamento básico de qualquer empresa / emprego, que é, simplesmente GANHAR DINHEIRO! O trabalho foi feito para recebermos uma contrapartida monetária em troca do nosso esforço, das nossas competências e em troca do valor que podemos gerar para uma empresa ou alguém.
Apenas e só isso: contrapartida monetária.
E não, não é por fazeres o que gostas que está garantido que sejas reconhecido e remunerado acima da média. O que vai definir isso são os teus resultados. Sendo bem pragmático, ninguém sobrevive a fazer o que ama, se for extremamente mau a fazê-lo! Esta é a verdade que ninguém te conta!
O LinkedIn está cada vez mais inundado de posts que espalham a ideia que se “fizermos o que amamos, nunca mais teremos que trabalhar”, que precisamos amar o nosso trabalho, caso contrário seremos infelizes.
O trabalho não foi feito para amar, e é aqui que o problema começa, pois acabamos esquecendo efetivamente o conceito de trabalho e o conceito de amor.
E enquanto que o trabalho serve para ganhar dinheiro, o AMOR, isso é outra coisa! Uma coisa muito mais importante e especial❤️
Enquanto andarmos a brincar aos cupidos do trabalho, que só amando o que fazemos que nos vai trazer a felicidade, vamos continuar reféns de tudo o que são apenas fugas.
O trabalho é o verdadeiro significado de ser adulto: não fazer o que nos apetece mas sim o que precisa ser feito.
Em suma, eu acredito que devemos trabalhar por dinheiro, nunca por amor, principalmente se o negócio for teu, mas que devemos trabalhar com “amor”.
Ou seja, deves ter dedicação ao que te destinaste a fazer. Se vais fazer, faz bem feito!
E tu, o que achas desse “salário emocional“?